Setembro Amarelo – Agir Salva Vidas!
Setembro Amarelo marca a campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio. Durante todo o mês, a iniciativa busca chamar a atenção para a importância de discutir o tema e promover ações de prevenção.
Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), organiza essa campanha para conscientizar a sociedade e disseminar informações sobre a prevenção do suicídio no Brasil.
Neste ano, a campanha chega à sua nona edição com o tema: “Se precisar, peça ajuda!”. Embora aconteça ao longo de todo o mês, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio é celebrado em 10 de setembro.
Dados sobre suicídio
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima mais de 700 mil suicídios por ano no mundo. No entanto, também alerta sobre a existência de mais de 1 milhão de casos subnotificados.
No Brasil, ocorrem aproximadamente 14 mil suicídios por ano, o que equivale a 38 mortes por dia. Entre 2010 e 2019, o país registrou cerca de 112 mil mortes por suicídio.
Cerca de 96,8% dos casos estão ligados a transtornos mentais, bem como: depressão, transtorno bipolar e abuso de substâncias.
Por que a cor amarela?
A escolha da cor amarela surgiu em 1994, após a morte de Mike Emme, um jovem de 17 anos que cometeu suicídio dentro de seu Mustang amarelo.
Mike reformou o carro por conta própria e era apaixonado por ele. No dia de sua morte, ele deixou um bilhete pedindo para que os pais não se culpassem. Porém, o recado chegou tarde demais.
Durante o enterro, os pais do jovem distribuíram fitas amarelas com a frase: “Se você está pensando em suicídio, entregue este cartão a alguém e peça ajuda”. Pouco tempo depois, a iniciativa ganhou alcance nacional e inspirou campanhas pelo mundo.
Desde então, a cor amarela representa o movimento de prevenção ao suicídio em homenagem à história de Mike.
Precisamos falar sobre suicídio
O suicídio é um fenômeno multifatorial. Não pode ser explicado por um único evento, como o fim de um relacionamento ou a perda de um emprego.
Fatores biológicos, psicológicos, sociais e culturais se interligam e influenciam diretamente o estado emocional de uma pessoa.
Portanto, prevenir o suicídio exige informação confiável e campanhas educativas, como o Setembro Amarelo, que ajudam a reduzir o estigma e incentivar o diálogo.
Além disso, é essencial observar mudanças bruscas de comportamento e falas como:
- “Eu não aguento mais”;
- “Eu preferia estar morto”;
- Isolamento repentino;
- Dificuldade para dormir ou se alimentar;
- Perda de interesse por atividades habituais.
Em muitos casos, quem sofre pode ter dificuldade para procurar ajuda. Nesse momento, amigos, familiares e colegas desempenham um papel fundamental ao oferecer apoio e afinal, indicar atendimento profissional.
Como ajudar?
Antes de tudo, esteja disposto a ouvir com empatia e sem julgamentos. Em seguida, ajude a pessoa a buscar apoio profissional adequado.
O tratamento pode incluir atendimento com psicólogos, psiquiatras, uso de medicamentos, atividades físicas e participação em grupos de apoio.
Quando uma pessoa verbaliza intenções suicidas, isso pode representar um pedido de ajuda. Portanto, leve essas falas a sério e aja com responsabilidade.
Evite usar expressões como “suicídio bem-sucedido”. Cada vida perdida é uma tragédia que impacta famílias, comunidades, bem como: toda a sociedade.
O suicídio é um problema de saúde pública que pode ser prevenido com informação, acolhimento e ações como a Campanha Setembro Amarelo.
Onde buscar ajuda?
A rede pública de saúde (SUS) oferece atendimento gratuito através dos Centros de Apoio Psicossocial (CAPS), onde é possível consultar-se com psicólogos e psiquiatras.
Assim como, encontramos o Centro de Valorização da Vida (CVV), que faz atendimento emocional e preventivo do suicídio pelo número 188, e-mail ou chat.
Compartilhe informações de grupos de apoio e contatos úteis em sua comunidade. Afinal, reconhecer os sinais precocemente pode salvar vidas.
Acredite: escolher a vida é sempre a melhor opção!
Por Daniela Ogliari – Faculdade Eleven